Em Agosto, Edimburgo é um festival


Agosto é o mês por excelência dos festivais em Edimburgo. A capital da Escócia enche-se de pessoas, cor, música e muita animação.


Sempre quis conhecer a Escócia e em particular Edimburgo. Já pensei várias vezes nos motivos e chego repetidamente à mesma conclusão: a história, a incerteza do tempo, o ar triste das casas e a alegria das pessoas. Quando organizei a minha viagem low cost à Escócia não imaginava ser surpreendida e até arrebatada com tudo o que experienciei. Com tantos festivais a decorrer, Agosto foi o mês certo!
Junto à Scottish National Gallery é um dos palcos daquele que se intitula o “maior festival de arte do mundo”: o Edinburgh Festival Fringe. Aqui os espetáculos de rua sucedem-se,  fazem-se filas nas carrinhas de gelados e vende-se roupa e artesanato. Se olharmos a partir da esplanada do museu (onde será um tiro de sorte encontrar mesa vaga), o verde da relva nos jardins está salpicado de apontamentos de cor. Apesar do choque de menos 20ºC do que em Portugal, o S. Pedro ajudou à festa e nem uma gota caiu.


Se na  Princes Street a diversão é garantida, ao longo de todo The Mound sucedem-se os cartazes a publicitarem as centenas de espetáculos que irão ocorrer. No pátio do New College, junto à estátua do John Knox, podem adquirir-se os bilhetes ou simplesmente disfrutar de uma bebida no bar. Na Esplanade do Castelo, onde as bancadas e bandeiras lembram os jogos de quidditch nos filmes do Harry Potter, tudo a postos para o Royal Edinburgh Military Tattoo, um espetáculo militar que reúne música e dança.

Outro dos palcos dos festivais de Edimburgo é a Royal Mile, uma das ruas mais turísticas e que liga dois marcos históricos na cidade: o Castelo de Edimburgo e o Palácio de Holyroodhouse. A antiga igreja The Hub, com a sua agulha gótica, é o ponto mais alto no centro da cidade. É também a sede do Edinburgh International Festival e por isso a agitação é constante.
Junto à St Giles’ Cathedral está a decorrer uma atuação humorística mas a imaginação é o limite. As performances artísticas passam pelo teatro, dança e até pequenos números de circo. Não sei se do alto do pedestal, a estátua do economista Adam Smith “aprova” tanta folia mas quem procurar verdadeira diversão, é aqui que a vai encontrar. Para qualquer um dos lados que olhe só vejo um mar de cabeças. Além da constante abordagem com distribuição de panfletos, sempre muito educados quando os declino, há vários postes cilíndricos ao longo da rua com informação dos espetáculos.


No Grassmarket existem alguns dos principais pubs da cidade. À entrada do Maggie Dickson’s, do Last Drop e do White Hart Inn colocou-se uma pequena placa onde se conta a sua história. Por serem os mais conhecidos são também os mais turísticos. Em frente às esplanadas sucedem-se o número de bandas que atuam para quem disfruta do bom tempo e uma cerveja. Eu tentei fugir da confusão e escolhi os sofás no interior do Beehive Inn mas em dia de jogo de futebol entre Inglaterra e Escócia, com a equipa da casa a vencer, era impossível não participar.



Após um dia a percorrer Edimburgo, com dezenas de atrações gratuitas a acontecer, é natural que o cansaço se instale. Nas zonas mais movimentadas da cidade, como a Royal Mile, o Grassmarket ou a Rose Street, circulam riquexós que transformam uma viagem longa de regresso ao hotel em poucos minutos de diversão.


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